24 setembro 2007

Bonecas e Bebês



Se outrora o Brasil enfrentara déficits nas taxas de povoamento, hoje a Nação preocupa-se com um dado gritante: o aumento excessivo da gravidez na adolescência.
Atrelada à precoce iniciação sexual, decorrente de fatores cada vez mais sociais, a maternidade juvenil cresce exponencialmente no país, atingindo uma porcentagem cerca de três vezes maior em relação aos países desenvolvidos.
Este fato, talvez, leve muitos a equivocadamente concluir que o crescimento demográfico advém do subdesenvolvimento ou vice-versa. Apesar da maioria das jovens mães pertencer à classe baixa, a problemática apresentada não deve ser discutida apenas do ponto de vista econômico.
Em vez disto, devem-se analisar, também, fatores como certas heranças sócio-culturais e a influência do meio, assim como a latente alienação induzida pela mídia de cultura massificada e, muitas vezes, pervertida.
Nem mesmo os vultosos investimentos na distribuição de contraceptivos reduziram o número de partos realizados pelo SUS, o malfadado Sistema Único de Saúde - os de adolescentes na faixa etária de 10-19 anos correspondem a 26,5% do total. O sistema público, na maioria das vezes, encontra-se com as maternidades lotadas, o que acentua o risco de infecções hospitalares - e até mesmo a morte de gestantes.
Diante desta situação, políticas de controle de natalidade mostraram-se ineficazes, e surgem novas campanhas de planejamento familiar. Contudo, tais medidas negligenciam o fator principal: a consciência de que 'crianças' não podem cuidar, tampouco tratar, de ainda mais crianças.

2 comentários:

Anônimo disse...

É lixa no Rnealvo se ele não te der dez. E lixa em mim se essa não foi a redação que você escreveu:P
Beijos

Lestat disse...

Milady, pode me sugerir alguma política filosófica que suprima a força destrutiva da miséria?
Perdoe-me, mas hoje discordarei de você, porque ninguem raciocina direito passando fome e frio.