27 agosto 2007

Mãe e Madrasta



Com a crescente divulgação dos efeitos do aquecimento global no planeta, criou-se uma atmosfera de incerteza e inquietação. O homem, pouco acostumado ao uso sustentável dos recursos naturais, vive hoje um paradoxo - se, por um lado, preocupa-se com as catástrofes da epirogênese, não é capaz de abrir mão de seu conforto em prol da preservação ambiental.

Segundo Petra Kelly, deputada pelo Partido Verde Alemão, todos querem voltar à natureza, mas ninguém quer ir a pé. De fato, o cuidado com o ecossistema tornou-se uma causa defendida por muitos, e presente nos discursos políticos e ideológicos. A promessa de uma retomada ao equilíbrio ecológico é quase um jargão, infelizmente esquecido ao assumir-se o poder.

Nações desenvolvidas, a exemplo dos EUA, ignoram medidas de preservação ambiental em nome do chamado 'crescimento econômico', mas são as primeiras a estabelecer diretrizes para o combate a males como a poluição e pragas, através de barreiras sanitárias e fiscais. Parece uma antítese - e, certamente, a é. Porém, a questão da biosustentabilidade não se limita a governos: um papel crucial compete ao indivíduo.

Aliciado pelas regalias de um capitalismo exclusivo e desigual, o homem contemporâneo esqueceu-se dos valores primitivos de harmonia e respeito para com a natureza. Através dos avanços surgidos desde a Revolução Industrial, negligencia seu papel como administrador-mor do planeta, e hoje sofre as conseqüências de atitudes insensatas, refletidas em desastres naturais que ceifam milhares de vidas.

Nem tudo, porém, está perdido. A iniciativa individual tem chances de reverter - ou, ao menos, amenizar - esta situação de iminente risco. Se ninguém quer, à natureza, a pé, que ao menos o faça com a consciência de que ela, outrora benevolente, hoje pode acarretar imenso perigo.

Um comentário:

Anônimo disse...

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