03 maio 2007

Bolsa Família, Filhos e Miséria


Se, na classe média, a taxa de natalidade registra números cada vez menores desde o século passado, tais dados não se repetem entre as classes mais baixas. Com o apoio do governo, os filhos de nossa nação viraram garantias de esmola e, sobretudo, moedas de troca.

Atualmente, o número de filhos de um casal é inversamente proporcional à renda familiar. Paradoxalmente, este fato é confirmado em todo o Brasil, desde as regiões assoladas por total pobreza até os grandes centros urbanos. A causa, portanto, não está apenas na desinformação - vai muito além disto, abrangendo aspectos econômicos, políticos e, primordialmente, sociais.

A geração de filhos tornou-se, em nosso país, uma válvula de escape. Por meio de governos supostamente "populares", o povo brasileiro é vítima de medidas paliativas, que nunca se concretizam na solução definitiva daquilo que os aflinge. Programas assistencialistas como o Bolsa Família ajudam a enraizar uma cultura de parasitismo e dependência, além de ocultar as chagas do desemprego e do analfabetismo.

Um cenário político que elege tais programas como propulsores das campanhas eleitorais não pode ser levado a sério. Afinal, o aumento da densidade demográfica nos trouxe, também, o aumento da miséria. Com isto, problemas como a exploração do trabalho infantil, a criminalidade e a submoradia agravam-se assustadoramente.

O homem se dignifica com o trabalho - assim, teríamos desenvolvimento, progresso, justiça. Nosso povo anseia por uma política popular, mas até agora teve, apenas, uma política populista.

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